6 de junho de 2011

Letramento



Trabalho de Laryssa Franklin, baseado em um texto (ensaio), publicado pela revista Linguagem em (Dis) curso, de autoria de Janete S. dos Santos.


O que remete esse termo, letramento? Alfabetização? Aprender a escrever?

Um termo recente no dicionário, que ganhou relevância significativa nas últimas duas décadas.
A alfabetização é centrada no indivíduo, na sua capacidade de ler e escrever, sendo apenas um resultado de uma escolarização.
O letramento, por sua vez, preocupa-se com o impacto da escrita sobre um grupo social. (ou seja, com reflexos sentidos na sociedade).
Street (1995) contrapõe dois modelos de concepção de letramento:
O autônomo e o ideológico.
O autônomo pode ser visto como as escolas tradicionais, que vêem a oralidade e a escrita como uma dicotomia. E considera isso (dicotomia), apenas uma forma de progresso e mobilidade social. No caso, a escrita é vista como um bem em si mesma, já que é relacionada ao desenvolvimento cognitivo do sujeito e podendo ser utilizada com o mesmo desempenho independente do seu contexto sócio-cultural.
O modelo ideológico considera os contextos de uso e está estritamente ligado às estruturas culturais e dominantes do meio onde ocorre, é dependente do jogo de forças nas relações sociais. Mostrando que pessoas de classes sociais diferentes terão uma relação também diferente com a escrita. E a vantagem e a desvantagem, de cada indivíduo, dependerão do contexto no qual estão inseridos. A realidade de cada indivíduo determinará sua maior ou menor inclusão ou exclusão das possibilidades atreladas à escrita.
Marcuschi (2001) define letramento como “um processo de aprendizagem social e histórica da leitura e da escrita em contextos informais e para usos utilitários, por isso é um conjunto de práticas, ou seja, ‘letramentos’ [...] Distribui-se em graus de um patamar mínimo a um máximo”. Já a escolarização, define como “uma prática formal e institucional de ensino que visa uma formação integral do indivíduo, sendo que a alfabetização é apenas uma das atividades da escola. A escola tem projetos educacionais amplos, ao passo que a alfabetização é uma habilidade restrita”.

Bom, e o que vai ratificar o seu elevado nível de letramento, será a sua capacidade de usar os conhecimentos relacionados à escrita de modo que venham a facilitar sua vida na sociedade (usufruir os resultados da escrita em seu meio social) Nós, por exemplo, estamos usufruindo de um bem, que é a escrita, que facilitou nossa vida na sociedade, porque apara estarmos aqui tivemos que mostrar nosso grau de letramento naquela redação do vestibular.
O dia-a-dia nos mostra diversos exemplos de letramento vindo de pessoas não alfabetizadas, como por exemplo, quando conseguem manusear o dinheiro, discernir os ônibus apropriados e até mesmo, religiosos quando vão se expressar em relação à bíblia usam termos rebuscados em construções cultas, mesmo nunca tendo sido alfabetizados, mas porque convivem com aquilo.

(Ainda haverá uma continuação)


3 comentários:

  1. Informação, e um pouquinho de Laryssa.
    Esse blog é o paraíso, oh deus.

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  2. Alguém já avisou que esse banner pega mal?
    HAUSIHAIASAS

    Enfim, é preciso muito arroz e feijão pra falar de sociolinguística.
    Boa sorte pra vocês!

    Fran ;)

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